Contribuições do Marketing para o Neurodesign



Pode-se dizer que o anseio do Marketing em captar a atenção do maior número de pessoas para formar um público cativo e fiel às marcas tem contribuído para o avanço de demais áreas que almejam o mesmo impacto. Pesquisas sobre o comportamento do consumidor, aliadas às descobertas advindas da neurociência nas últimas décadas, têm permitido uma interpretação cada vez mais precisa de como o cérebro humano lê e se conecta com tudo que está ao seu redor.

 

Uma das áreas que tem se beneficiado dessas descobertas é o Design. A derivação dos estudos da neurociência, marketing e da psicologia têm embasado o que se configura atualmente de Neurodesign, e sua essência está em entender como a mente humana age diante de estímulos visuais, para poder melhor criar produtos de forma empática e facilmente assimiláveis.

 

O que é o Neurodesign?

Com os avanços dos estudos da neurociência, algumas áreas atreladas ao comportamento humano passaram a se nutrir de suas descobertas para aplicá-las em suas áreas. Combinadas aos conhecimentos advindos do Marketing e da Psicologia, tem se delineado o que hoje se configura o Neurodesign. Os objetivos desta confluência de conhecimentos são:

– conseguir captar de maneira mais natural a atenção do público;

– levá-lo a condicionantes de bem estar ao ter contato com o produto;

– estabelecer uma relação de afinidade com o público-alvo, tornando-se presente em seu imaginário.

 

Apresento a seguir algumas contribuições advindas do marketing e que impactaram diretamente na maneira aplicada ao ato de criação dos designers.

 

  1. Ordem de leitura cerebral:

Estudos mostraram que o cérebro assimila mais facilmente ter contato primeiro com imagens para depois recorrer às informações escritas. Portanto, convencionou-se que imagens devam ser inseridas à esquerda, enquanto o texto à direita. Isso respeita a ordem natural de trajeto do olhar e sua melhor compreensão. Transferindo para o universo do design, podemos inferir que os layouts e mesmo embalagens sejam pensadas seguindo essa lógica.

 

  1. Despertar tátil:

Recorrer aos sentidos para atrair a atenção é uma estratégia certeira tanto para o marketing quanto para o design. O cérebro humano se conecta melhor aquilo que ele pode experimentar pelo toque. Devido a isso que a indústria cosmética, por exemplo, investe em amostras que permitem ser aplicadas na pele antes da aquisição. Os designers devem se atentar para essa condicionante ao idealizarem seus projetos. Qual sensação tátil ela irá despertar diante do toque?

 

  1. Foco no centro

Descobriu-se que o cérebro humano confere atenção principal a tudo que é posicionado ao centro. E para conseguir reforçar esse poder de atração basta incluir o elemento em um formato circular. A figura do círculo, por si, já é um forte agregador de atenção. Sempre que a intenção for atrair de forma precisa o olhar das pessoas, opte por centralizar o elemento principal; de preferência inserindo-o em um contexto circular.

 

Esses são alguns dos exemplos de como o Marketing tem oferecido importantes contribuições úteis para serem aplicadas ao trabalho de designers que buscam despertar certas condicionantes em seu público. Nutrir-se de conhecimentos que ofereçam uma maior compreensão do comportamento humano possibilita que o processo criativo seja direcionado com foco em resultados almejados, e não meramente em uma tentativa de se transmitir algo.





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