A psicodinâmica das cores



Arquitetos e designers que se preocupam em entregar resultados assertivos em seus projetos precisam se atentar para a maneira como o cérebro humano interpreta as escolhas feitas para compor ambientes. Isso diz respeito não apenas à distribuição espacial de mobiliários, mas às cores escolhidas para serem destaque.

Os seres humanos são impactados prioritariamente pelo campo visual. A percepção de um ambiente é 80% comandada pela visão, sendo considerada dentre os cinco sentidos a de maior alcance espacial. Portanto, saber de que forma as cores impactam o cérebro humano é essencial a todos os profissionais que atuam tendo a neurociência como embasamento. Sua aplicabilidade dentro de tais áreas tem permitido o desenvolvimento da neuroarquitetura e do neurodesign.

O que as cores transmitem?

Segundo o modelo teórico Mehrabian-Russell, dedicado a estudar as respostas cerebrais aos estímulos visuais, é possível proporcionar dois efeitos emocionais a partir da escolha das cores: estimulação e sensação de bem estar. Para isso, foram estudadas as cores dentro dos seus espectros: quente, fria ou temperada.

Impacto das cores frias

São aquelas que derivam do violeta, azul e verde, e portanto estão diretamente associadas à água, ao frio, ao céu e a elementos da natureza onde o verde é predominante.

As cores frias encontram-se na faixa do espectro de menor vibração e remetem à sensação de frescor, ou mesmo de frio. Devido a essa condicionante, são lidas como de pouco estímulo, levando o cérebro a interpretar sensações de relaxamento e bem estar.

Impacto das cores quentes

São aquelas derivadas do amarelo, laranja e do vermelho. Situam-se na faixa de maior vibração, portanto estão associadas à transmissão de sensações de calor e adrenalina. Estão diretamente associadas a elementos como fogo, sol e calor. Portanto, o cérebro as interpreta como fontes de prazer energético e forte estimulação.

Impacto das cores temperadas

São aquelas que estão na faixa de transição entre as cores quentes e frias e oscilam de acordo com a quantidade de azul ou amarelo que recebem. Portanto, a leitura cerebral varia de acordo com a incidência do espectro da cor predominante.

A melhor escolha

O profissional que trabalha com tais comprovações científicas faz as escolhas de acordo com as sensações que almeja transmitir, e não de acordo com seu gosto pessoal. Saber trabalhar as cores como elemento condicionante ora de estímulo, ora de relaxamento e bem estar permitem ao projeto proporcionar a sua plena função e melhor aproveitamento do usuário nos espaços.





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